domingo, 7 de agosto de 2011

O livre arbítrio

Esta semana conversei com um pastor de uma igreja aqui da cidade e discutimos um pouco sobre o livre arbítrio humano na salvação. Fiquei abismado em ver como pode um suposto servo de Cristo defender com tanta força uma ideia mesmo sendo ela tão fora do contesto bíblico, simplesmente porque ela serve para seus próprios interesses.
Quando Agostinho defendeu esta heresia, ele tinha em mente a justificação humana. Ele queria provar que o homem podia se tornar justo pelos seus próprios esforços. Queria também provar que o homem se tornava injusto pelas escolhas erradas que fazia. O bem provém de Deus e o mal provém do homem inflamado pelo diabo. Loucura teológica. Mentira das mentiras. Somos justificados mediante a fé. A justiça de Cristo nos é creditada e por ela temos acesso ao Pai. Chega de mentiras convenientes...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pelo que você está se vendendo?

Porque sair de onde está gostoso? Como sair de onde estamos bem? Sair pra que, se nos sentimos aconchegados.
Se não conseguirmos enxergar o que nos rodeia como o que nos rodeia realmente é, jamais desejaremos sair. Se continuarmos olhando para as coisas do ponto de vista humano, jamais veremos a verdade que nos cerca. Temos que olhar como Deus as olha. Tudo que está posto ao nosso redor é preparado para nos acomodar, nos  colocar em um estado de letargia espiritual. Fazem de tudo para que estejamos satisfeitos e assim não procuramos mudança. A igreja como está hoje não passa de um grande hotel onde os cristãos não são nada mais do que hóspedes e como a concorrência é grande tentam de todas as formas nos acomodar, nos servir, tratar-nos com toda pompa e circunstância, pouco se importando com o final da nossa alma, querem apenas comercializar conosco. Vendem de tudo. Tudo que pensamos que precisamos. Cura pra alma, cura física, cura de relacionamentos, novos empregos. Só não percebemos que não temos dinheiro para comprar estas coisas e então para pagar aos comerciantes da fé, pagamos a eles com o que temos de mais valioso, a saber: a nossa alma.

sábado, 9 de julho de 2011

O segredo da Espada

A solidão às vezes nos é necessária. O afastamento, o excluir-se, pode por vezes trazer cura. Nos dias atuais é quase impossível se afastar, se excluir, se ausentar; mas quem consegue esta proeza pode enxergar as vantagens que ela proporciona.
Como ver a beleza das estrelas ofuscado pelas luzes da cidade. Como ter a noção exata do tamanho da  mata se estiver embrenhado nela. Ninguém nunca contemplou a grandeza da terra sem ter estado em órbita da mesma. O náufrago jamais saberá quão perdido está, rodeado das ondas que o sucumbe. Apesar de que hoje vemos e conhecemos em parte, esta parte aumenta quando nos afastamos e nos excluímos. Para nos mostrar esta necessidade, a cruz de Jesus foi erguida fora da cidade. Não dá pra chegar ao pé da cruz sem sair do centro da "Polis". Me refiro a ela não apenas como um espaço físico ou algumas construções, mas sim como na verdade é uma comunidade organizada, formada pelos cidadãos, ou seja, pelos homens nascidos no solo do espaço físico chamado Cidade com suas leis, seus costumes, tradições e crenças.
É possível sim, sair. Mas o simples fato de sair não altera a sua percepção da realidade em que você está mergulhado. É preciso antes de sair fisicamente da polis retirá-la das suas entranhas.
Fomos mergulhados nela e ela em retribuição infiltrou-se em nós. Temos com ela o cumprimento da expressão "tornaram-se um...".  Estamos tão unidos, tão mesclados, numa mistura tão homogênea que o único processo capaz de fazer a separação das partes é através da utilização da única ferramenta com poder para isto, a saber: a Palavra de Deus. Nada além da Palavra pode nos afastar do sistema da Polis.
A junção é tão bem feita que não sabemos mais distinguir o santo do profano, o secular do espiritual, o certo do errado, Deus do diabo. Não sabemos mais distinguir Deus. Mas como a Espada do Espírito é única, verdadeira e preciosa precisamos saber que ela tem um segredo para funcionar. Ela pertence ao Espírito e só funciona em Suas mãos. Não adianta homem algum querer manejá-la. Somente o Espírito de Deus a pode empunhar e desferir seus golpes precisos e certeiros. A Espada não se submete à outras mãos, ela simplesmente não funciona. Se realmente deseja ver sua real situação, peça ao Espírito Santo que golpei tua vida com a Espada para que você se separe, se afaste, se exclua!
Só assim você será salvo desta geração má e perversa.

terça-feira, 24 de maio de 2011

1° Culto na casa do irmão Luís

No último domingo, fiz uma visita a um grupo de irmãos que estão se reunindo na varanda da casa daquele que os está liderando.
Fui até lá pois este irmão trabalha com meu padrasto e esteve aqui em casa fazendo uma visita à ele. Conversamos um pouco e após ser convidado por ele a ir a uma de suas reuniões, me senti impelido a conhecer o trabalho que estão realizando.
Fui muito bem recebido e percebi que as idéias por ele transmitidas se parecem bastante com as que tenho sobre a igreja e a forma que ela deve se manifestar ao mundo.
Não percebi nenhuma heresia e posso até dizer que os achei bastante sinceros na sua vontade de servir ao Senhor. Mas meditando em tudo que vi e ouvi, faço aqui algumas considerações:
1 - O líder aparentemente é um homem bom e muito carismático.
2 - Possui bom conhecimento da Palavra de Deus, podendo citar muitas passagens bíblicas citando capítulos e versículos. Porém, cita muitas passagens quando fala e fala de muitos assuntos ao mesmo tempo, ficando sua mensagem um pouco confusa e difícil de memorizar.
3 - Demonstra uma vontade de servir a Deus de uma forma genuína, como ele mesmo diz " aquele que crê em Mim como diz as Escrituras"...
4 - Os que o estão acompanhando são novos na fé, tem pouco conhecimento da Palavra.
5 - Como ele não tem junto à ele pessoas melhor preparadas, é obrigado a fazer tudo no culto (dirige o louvor, prega, toca instrumentos, etc...)
6 - No culto realizados por eles não se utilizam de cds e músicas gospel. Antes usam o Cantor Cristão.
7 - O local do culto é limpo e bem organizado.
8 - Devido ao seu trabalho estão fazendo culto só aos sábados e algumas vezes aos domingos.
9 - Já estão fazendo este trabalho à mais ou menos 3 anos e ainda estão com poucas pessoas junto deles.
10 - No culto de domingo estávamos em 9 pessoas.
Porém, com muita tristeza percebi também que apesar de toda boa vontade, eles ainda estão presos por costumes e tradições humanas, estão caminhando bem, mas ainda não estão tendo uma visão clara do que realmente importa para Deus.
Nos próximos post vou expor minhas considerações sobre isto.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os que cobram, nada são!

MATEUS 10: 7 e 8 diz:
E, indo pregai dizendo: É chegado o reino dos céus,
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitem os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça daí.

É justo que os trabalhadores humanos cobrem por seus serviços, pois o conhecimento e as habilidades por eles adquiridas realmente lhes custaram algo. (médicos, dentista, mecânicos, engenheiros, etc.)
Mas os servos de Deus recebem gratuitamente seus dons e para eles não custa nada adquiri-los.
Mas você pode me perguntar sobre o tempo e o esforço que empregaram tanto no aprendizado da palavra como no aprendizado da música (dois pontos principais de comércio cristão).
Evidente que para divulgar as mensagens (livros, musicas, pregações, etc...) gasta-se muito dinheiro, não deveria pois, haver nenhum tipo de lucro pessoal com as vendas. Apenas a reposição do valor gasto nas suas confecções.
Cito o exemplo de Jacó que trabalhou arduamente por 14 anos para possuir Raquel e afirma com sua própria boca que para ele pareceram dias.
A motivação dele era o amor. Estes que lucram com os dons divinos o fazem por não terem amor.
Paulo afirma que se fizessem tudo e não tivessem amor nada seriam. Estes nada são.
2 PEDRO 2:3 adverte:
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Pior Cego

Estava pensando sobre as coisas ruins que acontecem com seres humanos.
Penso que uma das piores coisas, deve ser a pessoa nascer cega. Que benção recebemos ao poder enxergar e contemplar todas as maravilhas que foram criadas por Deus. Porém esta meditação me levou a perceber que sempre as coisas podem ser piores.
Pensei então como que uma cegueira poderia ser ainda pior. A resposta veio em um ditado popular muito conhecido, " o pior cego, é aquele que não quer ver".
Será que realmente é possível que alguém não queira ver?
Em se tratando de coisas espirituais creio que isto não só é possível, como também é constante no meio evangélico.
Existem pessoas que nasceram cegas espíritualmente falando e nesta condição permanecerão até à morte.
Outras nasceram cegas e a luz do Evangelho de Cristo brilhou sobre eles, seus olhos foram abertos e assim permanecerão.
Outros há que após terem sido iluminados preferiram não enxergar mais.
Pergunto então: O que levaria uma pessoa a não querer enxergar as coisas espirituais?
Percebo que a cegueira tem atrativos e algumas supostas vantagens para quem se entrega a ela.
O cego não precisa se preocupar durante a viagem pois ele sempre é guiado. Também o cego pensa que não será responsabilizado por não ter visto e não ter tido conhecimento dos fatos.
Pensando assim muitos cristãos tem se escondido atrás de uma cegueira conveniente e tranquilizadora, mas no final, quando tiverem que prestar contas com seu Senhor verão o quanto fizeram a escolha errada.
Muitos não querem ver para não confrontar, esquecem que os tímidos e covardes não herdarão o Reino de Deus.
Não podemos mais nos omitir, oremos ao Senhor para que Ele nos mostre o que está oculto. Que Ele nos mostre as verdadeiras intenções e motivações do que está sendo colocado à nossa frente.
Que brilhe a nossa luz e que os filhos das trevas fiquem ofuscados com este brilho!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Desigrejados

Hoje encontrei o termo que está sendo usado para classificar crentes que estão vivendo fora das denominações.
Trata-se da palavra "desigrejados".
Pensando um pouco sobre o tema concluí que é uma benção hoje estar nesta situação, pois é muito melhor comer mel e gafanhotos no deserto do que as bolotas que estão sendo servidas nos púlpitos das supostas igrejas evangélicas.
Por não aceitar os ensinamentos mundanos e as apostasias que reinam nestas supostas igrejas estamos à margem delas. Mas fico feliz de saber que não sou o único, antes vejo que o deserto está cheio de filhos de Deus. Filhos que não se dobraram a mamon.
Os que permanecem nelas ainda estão cegados pela ganância própria ou pelas palavras persuasivas de sabedoria humana.
É um privilégio ter sido despejado da Casa de mamon e embaixo do céu do deserto me sinto realmente como se estivesse sob o trono de Deus.
Aos que ficaram, meus sentimentos, a salvação não é de todos, fazer o que, não é?